segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Discurso

Neste infame período, e digo período porque futuro, muito sinceramente, que esta questão seja efémera, há uma confusão de autoridades. A polícia perante infractores não sabe como agir, está sempre com o pé atrás e tudo por causa das burocracias. É leis para isto e para aquilo, mas não valorizam o que verdadeiramente importam. Na pluralidade das ocasiões os criminosos são postos em liberdade como se de pássaros tratassem e as vítimas penalizadas…
É tudo uma questão de organização, de estrutura, algo que por vezes se torna difícil de concretizar, daí o que vemos hoje em dia.
http://www.portugal.gov.pt/portal/pt/governos/governos_constitucionais/gc15/ministerios/mai/comunicacao/intervencoes/20020503_mai_int_gnr.htm
O Ministro da Administração Interna bem identifica o ponto da questão e propõe soluções futuristas, num discurso de simples entendimento, com adesão do auditório e bem estruturado. Onde há utilização da apóstrofe e figuras de estilo singelas. Apelando-se ao real e pondo uma perspectiva futurista.

Resumo da "Memória ao conservatório"

“Frei Luís de Sousa” é uma história que contém toda simplicidade de uma fábula trágica antiga, uma vez que não há paixões violentas, não há vilões, nem assassinos, nem sangue, sendo todas as personagens genuinamente cristãs. Assim há uma vantagem de ser acompanhada pela esperança católica, que prevalece sempre, incondicionalmente. Como diz o velho ditado “a esperança é a última a morrer”. Assim, a morte das personagens é suavizada, já não é violenta, pois “morrem para outro mundo”.
Aqui são comparadas algumas personagens mitológicas com Frei Luís de Sousa de modo a evidenciar a sua superioridade.
Garrett diz que não dá o nome de tragédia à sua obra, pois não tem uma estrutura ideal para ser considerada como tal, mas pela forma assemelha-se a um drama, daí a sua designação.
É de notar que a tragédia de Garrett não tendo a estrutura formal, “Frei Luís de Sousa” consegue despertar no público, tão habituado a emoções fortes, sentimentos como o terror e a piedade. A fatalidade de Madalena é também uma característica inspirada na tragédia clássica (a desonra de uma família, equivalente à morte moral) e esta atinge, consequentemente, todas as restantes personagens. No mesmo sentido das marcas da tragédia é de notar o número reduzido de personagens e o momento de clímax com a agnorisis, onde há um reconhecimento (a identificação do romeiro).
Por outro lado, podemos vislumbrar o romantismo na obra. O mito do sebastianismo, a crença em agouros, dias de aziagos e superstições. As visões de Maria, os seus sonhos e o seu idealismo patriótico são também topos românticos. Também se pode considerar, no mesmo âmbito, o «titanismo» de Manuel de Sousa ao incendiar a sua própria casa para que os Governadores do Reino não a utilizassem. Por fim, saliente-se a atitude de Maria quando, no final, se opõe à lei do matrimónio único e irreversível, forçando os pais à separação.
Garrett não escreveu em verso, uma vez que pretendeu dar a prosa ao melhor prosador português, o próprio Frei Luís de Sousa. Também é de referir a divisão em três actos e a presença de todo o estilo ao longo da obra.